19 de ago. de 2015

ROCK - A HISTÓRIA DOS TERMOS QUE IMORTALIZARAM O GÊNERO MUSICAL



A HISTÓRIA DO TERMO ROCK’N’ROLL

Segundo o que se sabe, Alan Freed apenas buscou um nome que ele julgava associar a música com a dança frenética que os adolescentes exercitavam. "To rock" é balançar e "to roll" é rolar. Basicamente o nome significa "Balançar e Rebolar". E as duas palavras (rock e roll) já vinham sendo usadas em canções e em seus títulos, portanto o nome lhe parecia muito natural e de fácil assimilação, o que de fato era.


O que Alan Freed não sabia é que o termo era, dentro da comunidade negra, um sinônimo para sexo. Exprimem dois movimentos naturais exercidos durante uma relação sexual, o balanço cadenciado de cima para baixo e o rebolar do casal em horizontal. E esta conotação passou a ficar mais popular nos anos vinte, segundo consta, com o surgimento de uma canção, lançada pelo Black Swan Records no outono de 1922: "My Daddy Rocks Me (With One Steady Roll)", gravada pela cantora Trixie Smith.


A HISTÓRIA DO TERMO ROCK PROGRESSIVO
Não existe na bibliografia ligada ao estilo uma convergência exata de quando e como o termo "rock progressivo" começou a ser utilizado. A mais aceita foi a de que o termo foi usado para definir bandas de rock que tinham influência da música clássica e do "avant-garde", usando alguns conceitos desses estilos em sua música. Aliás, o próprio termo "progressivo" em si vem de propostas e formas musicais adotadas por essas vertentes desde aproximadamente os séculos XVIII e XIX.

Apesar de vaga e de não explicar por que grupos como Rush e Uriah Heep, por exemplo, que não possuem influências de música clássica em sua sonoridade, são incluídos nessa classificação, essa foi a definição mais aceita sobre o surgimento do termo "rock progressivo", provavelmente direcionada a grupos ingleses como ELP, Yes, Renaissance e King Crimson, que possuíam clara influência de música clássica e, em menor escala, da música vanguardista em seu som.

Outro, e também frágil, consenso, em relação à utilização desse termo é que ele teve seu início com a crítica inglesa no lançamento do primeiro disco do King Crimson, "In the court of the crimson king", em outubro de 1969.



A HISTÓRIA DO TERMO “GLAM ROCK”
O Glam rock (abreviação de Glamour Rock) é um gênero musical (sendo um subgênero do rock) criado na Inglaterra , conhecido também como glitter rock. Foi um estilo de música nascido no final dos anos 60 e popularizado no início dos anos 70. Era principalmente um fenômeno inglês que foi difundido em meados de 1971 e 1973. Nos EUA, o Glam rock teve um menor impacto e foi apenas difundido por fãs de música nas cidades de Nova Iorque e Los Angeles.
O Glam foi marcado pelos trajes e performances com muitos cílios postiços, purpurinas, saltos altos, batons, lantejoulas, paetês e trajes elétricos dos cantores. Eram os tempos da androginia e do glamour e suas músicas agitadas de rock n’ roll esbanjavam energia sexual. A ênfase lírica abordava a "revolução adolescente" (T. Rex - “Children of the Revolution “, Sweet - “Teenage Rampage“) assim como uma ampla notoriedade na direção de temas heterosexuais, sobre a decadência e fama.


A HISTÓRIA DO TERMO “PUNK”

"Holmstron queria que a revista fosse uma combinação de tudo em que a gente se ligava - reprises de televisão, beber cerveja, trepar, cheeseburguers, quadrinhos, filmes B e aquele rock´n´roll esquisito que ninguém além de nós parecia gostar: Velvets, Stooges, New York Dolls e agora os Dictators. (...)

Então eu achei que a revista deveria ser feita pra outros fodidos como nós. Garotos que cresceram acreditando só nos Três Patetas. Garotos que faziam festas quando os pais não estavam e destruíam a casa. Sabe como é, garotos que roubavam carros para se divertir.
Então eu disse: 'Por que a gente não chama de Punk?

A palavra "punk" pareceu ser o fio que conectava tudo o que a gente gostava - bebedeira, antipatia, esperteza sem pretensão, absurdo, diversão, ironia e coisas com um apelo mais sombrio".

O jornalista Legs McNeil (que no começo não escrevia muita coisa, mas conseguia material para a revista a partir de depoimentos orais) disse essas frases em 1975, quando os Ramones buscavam sucesso em clubes do underground novaiorquino, como o CBGB. Esse nome com definição degradante para uma revista, "Punk" (que significa, na tradução literal, "lixo" para pessoas), foi o fio condutor de uma revolução no rock´n´roll e na indústria fonográfica causada, principalmente, pelos Sex Pistols em 1977, 78 e 79.


 O historiador musical Vernon Joynson sustenta que a New Wave surgiu na Inglaterra no final de 1976, quando diversas bandas começaram a se afastar o movimento punk.[6] A música que seguiu o anarquismo das bandas de garagem , como o Sex Pistols eram caracterizadas como "punks", enquanto a musica que tendia para a experimentação, complexidade lirica, ou até mesmo uma produção mais elaborada foi caracterizado com "New Wave". Isso veio incluir músicos que se tornaram proeminentes no cenário do punk rock inglês de meados dos anos 70, como Ian Dury, Nick Lowe, Eddie and the Hot Rods e Dr. Feelgood;[7] E de acordo com a AMG tudo era "raivoso, inteligente" os compositores estavam se apropriando da música pop com atitude sarcástica e tensa, além da clara agressividade e energia do punk, como Elvis Costello, Joe Jackson, e Graham Parker.[8] Nos EUA, os primeiros New Wavers se encontravam em grande parte no clube CBGB, como Talking Heads, Mink DeVille e Blondie.[9] O dono da CBGB Hilly Kristal, se referindo aos primeiros shows no clube transmitidos pela TV em março de 1974, disse, "Eu acho que aquele era o inicio da new wave."[10] Além do mais, muitos dos artistas que eram anteriormente classificados como punk passaram a ser new wavers. Em 1977 uma copilação da Phonogram Records com o nome New Wave apresentava inúmeros artistas norte americanos, como Dead Boys, Ramones, Talking Heads e The Runaways.


A HISTÓRIA DO TERMO ROCK GÓTICO
Ao longo da história, o termo Gótico foi usado como adjetivo ou classificação de diversas manifestações artísticas, estéticas e comportamentais. Dessa maneira, podemos ter uma noção da diversidade de significados que esta palavra traz em si.
Originalmente, Gótico deriva-se de Godos, povo germânico considerado bárbaro que diluiu-se aproximadamente no ano 700 d.C.. Como metáfora, o termo foi usado pela primeira vez no início da Renascença, para designar pejorativamente a tendência arquitetônica, criada pela Igreja Católica, da baixa Idade Média e, por consequência, toda produção artística deste período. Assim, a arquitetura foi classificada como gótica, referindo-se ao seu estilo "bárbaro", se comparado às tendências românicas da época.
No século XVIII, como reação ao Iluminismo, surge o Romantismo que idealiza uma Idade Média, que na verdade nunca existiu. Nesse período o termo Gótico passa a designar uma parcela da literatura romântica. Como a Idade Média também é conhecida como "Idade das Trevas", o termo é aplicado como sinônimo de medieval, sombrio, macabro e por vezes, sobrenatural. As expressões Gothic Novel e Gothic Literature são utilizadas para designar este sub-gênero romântico, que trazia enredos sobrenaturais ambientados em cenários sombrios como castelos em ruínas e cemitérios. Assim, o termo Gothicism, de origem inglesa, é associado ao conjunto de obras da literatura gótica. Posteriormente, influenciado pela Literatura Gótica, surge o ultra-romantismo, um subgênero do romantismo que tem o tédio, a morbidez e a dramatismo como algumas características mais significativas.
No final da década de 70 surge a subcultura gótica influenciada por várias correntes artísticas, como o Expressionismo, o Decadentismo, a Cultura de Cabaré e Beatnick. Seus adeptos foram primeiramente chamados de Darks no Brasil, e curtiam bandas como Joy Division, Bauhaus, The Sisters of Mercy, entre tantas outras. Atualmente, a subcultura gótica permanece em atividade e em constante renovação cultural, que não se baseia apenas na música e no comportamento, mas em inúmeras outras expressões artísticas


A HISTÓRIA DO TERMO “HEAVY METAL”

William Burroughs batizou um gênero do rock quando publicou o romance The soft machine em 1961, dois anos depois de Almoço nu.  No texto, o personagem Uranian Willy é definido como “The Heavy Metal Kid”. Na concepção do autor, heavy metal se referia a algo viciante – no caso, o vício em drogas. O termo reapareceu em 1968, quando a banda Stepenwolf lançou a músicaBorn to be wild. Na terceira estrofe, canta: “I like smoke and lightning/ Heavy metal thunder”. Foi a primeira vez em que o termo apareceu associado ao rock.


A HISTÓRIA DO TERMO “GRUNGE”
Acredita-se que o termo "grunge" provem de uma pronunciação relaxada da palavra "grungy"[8] (jargão usado em inglês que quer dizer "sujo"),[9] que surgiu como um jargão dos termos em inglês "dirt" ("sujeira")[10] ou "filth" ("imundície", "porcaria").[11]
Mark Arm, o vocalista da banda Green River, de Seattle — e mais tarde do Mudhoney — é geralmente creditado como sendo o primeiro a usar o termo grunge para descrever este gênero de música. Arm usou o termo em 1981, quando escreveu uma carta com o seu nome Mark McLaughlin ao Seattle zine Desperate Times, criticando sua banda Mr. Epp and the Calculations como "Puro grunge! Puro barulho! Pura merda!" Clark Humphrey, editor da Desperate Times, cita isso como o primeiro uso do termo para se referir a uma banda de Seattle, e menciona que Bruce Pavitt da Sub Pop popularizou o termo como um rótulo musical em 1987–88, utilizando-o em várias ocasiões para descrever o Green River.[4] Apesar de Arm usar o termo originalmente de forma pejorativa, ele acabou se tornando conhecido como um dos gêneros musicais mais populares da década de 1990

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